quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

RUA DO RECIFE (GARANHUNS)


A propósito de uma fotografia da Rua do Recife (hoje Rua Dr. José Mariano), postada por Cora Valença no Facebook com referência às famílias que ali residiam por volta dos anos 40, tive ocasião de mandar-lhe pela mesma via, essa resposta que, na verdade é uma evocação de Garanhuns desse tempo:

Cora: Isso é uma malvadeza que vocês estão fazendo comigo. É realmente a Rua do Recife, na década de 40, mais ou menos em frente à casa de Dulce (meu sogro Pedro Lucena) que era a casa nº 122.
Essa casa branca, em frente ao primeiro poste, me parece a casa de José Coelho Rodrigues e Dona Moreninha, pais de Viriato, Ronald,  Juarez e  Stélio Rodrigues.
A casa de junto era de dona Chiquinha e Sebastião Caldas, pais de Cleonice (casou com Milton, irmão de ZéPaiva) que fez um dueto comigo numa festa do Santa Sofia, em que representávamos um diálogo cantado entre um rouxinol (me imaginem em pleno palco travestido de rouxinol !) e uma cigarra, fantasiados à caráter,  e ainda me lembro de um verso (muito ruim por sinal) que me cabia como rouxinol e lembro ainda (inclusive a música) que dizia assim:
“Cigarra, cigarrinha. Canta, canta sua canção. Eu bem sei que és a rainha. A rainha do sertão.”
Observem que a casa junto à de D. Chiquinha, em frente à quarta árvore, era recuada e pertencia a Seu Eduardo Gomes, dono de uma vulcanização de pneus na Rua Santos Dumont que o grande amigo Timóteo tomava conta. Era o pai de Arlindo, Terezinha, Lourdes de Pádua ( sua descendência ainda está entre nós) que depois foi embora para o Rio de Janeiro e não temos mais notícia.
Essa casa depois pertenceu e foi habitada por José Florêncio, Tesoureiro da Prefeitura, cuja extrema religiosidade gerou-lhe o apelido de “Yoyô dos Padres”. Era um homem de bem e sua descendência ainda está por aqui. Igor, você tem razão, é um chalé quase na esquina da Nilo Peçanha.
Vou ver se lembro os seus detalhes, mas adianto que antes de chegar à casa dos Valença, tinha a casa de Antonio Leite pai de queridos amigos, inclusive essa minha fofa e querida Maria Eugênia. Haja saudade!

3 comentários:

  1. Lindo!!!! Mais que saudade de tudo....saudade daquela de rasgar o coração.....,dos amigos, das brincadeiras, de tudo que vivemos....saudade boa! Meu querido Ivan, amo muito você.... Mas to aqui pensando como ficou vestido de Rouxinol....obrigado pela lembrança, beijos em Dulce.

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  2. Gena é uma maravilha ler as memórias de Ivan.... meu velho, um homem sábio, íntegro, inteligente, carinhoso etc..... sempre foram como pai e mãe para mim (Ele e D. Dulce) tenho orgulho de fazer parte dessa família maravilhosa, tenho um amor por todos principalmente pelos dois e só tenho que agradecer por tudo de bom que fizeram por mim, e aprendi a saber o que é realmente amor entre uma família. Meu velho, Eugenia é minha amiga de coração há muitos anos, ia muito na casa de "D. Cordeira",(pessoa muito querida) que sempre tinha as portas de casa abertas para mim. Bjs

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  3. Ola Ivan, muito obrigada por se lembrar da familia de minha avo (Coelho Rodrigues) vc so se esqueceu de mencionar as meninas: Tete e Dalvinha (minha avo). Gostaria de ouvir mais sobre suas lembrancas deles e de Garanhuns naquele tempo.

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