quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O BRAÇO QUEBRADO DE SEBASTIÃO MOURA


Aí vai mais uma das histórias de Sebastião Moura

Em um dia de eleições, encontrei Sebastião saindo da AGA que sediava seções eleitorais, acompanhado por sua esposa Dadá, com um braço engessado que revelava uma fratura. Fiz-lhe, então, a pergunta mais natural e até instintiva: Que foi isso, Sebastião? Antes de responder, perguntou se eu estava muito ocupado e se tinha pressa adiantando, desde logo, que a história era muito longa.

 Claro que, aguçado pela curiosidade, manifestei a minha disposição de ouví-lo e ele começou com a maior seriedade: “Ivan, sempre reclamo de Dadá pra não encerar o quarto com exagero a fim de evitar possíveis escorregões que na nossa idade são um perigo. O resultado é que não deu outra, amigo: quando tentei me levantar da cama dei um escorregão dos diabos e se não me amparo na beirada da cama, teria me espatifado no chão.

De qualquer forma, me aprumei e fui para o banheiro fazer a barba e tomar banho. Pois não é que o diabo do sabonete caiu no box do banheiro e eu, com a cara ensaboada, tive um trabalho danado para conseguir resgatar o sabonete livrando o perigo de escorregar mais uma vez e não terminar minha tarefa. Restou apenas mais um susto.

Aí tomei o meu café, retirei o carro da garage e quando ia saindo no portão - você sabe onde moro naquela ladeira danada da Rua Santos da Figueira - e, quando percebo, vinha descendo um Fusca a mais de 80 quilômetros por hora e, se eu não reajo com prontidão e uma freada violenta, estaria agora no Cemitério, pois o Fusca passou tirando a pintura do meu carro.

A essa altura, Dadá perde a paciência e adverte:

Ivan, vai-te embora porque Sebastião somente quebrou o braço às 3 (três) horas da tarde. Até que chegue lá você vai perder o dia todinho pra escutar a história!”.

Explodimos na gargalhada e, logo depois, chegando na casa de meu cunhado Vilberto Lira, contei ainda rindo e ele, divertindo-se com a pegadinha, me avisou:

Você ainda tem sorte, porque comigo ele até chegou às 10 horas da manhã, pisando numa casca de banana na escadaria em frente ao Banco do Brasil!”

E ATÉ HOJE NINGUÉM SOUBE COMO DIABO FOI QUE ELE QUEBROU O BRAÇO!

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