segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

SEBASTIÃO MOURA - JOÃO E HERONIDES


Como expliquei antes, em respeito à morte do seu Compadre João Borrego, de imediato Sebastião Moura transferiu a personagem de suas “estórias” para o filho mais velho de Seu João, Heronides, que, com o mesmo espírito esportivo assumiu humorado esse papel.

Auxiliado pela colaboração do nosso amigo Carlindo Lopes, vou começar a contar algumas tiradas de Sebastião utilizando Heronides Borrego como personagem central. Ainda com a participação de pai e filho juntos, aí vai a primeira “estória”:
            
             FECHAMENTO DA LOJA

 Numa das histórias transferidas para Heronides (logo após a morte de “seu” João), Sebastião relatava que Heronides assumiu a gestão da grande loja (Casa Borrego) e seu João resumiu suas atividades apenas a cumprir suas obrigações políticas, curtir as suas belas propriedades e seu gado.

 Por ocasião do movimento das classes produtoras contra o governo de Cordeiro de Farias, comandado pela Associação Comercial e Federação das Indústrias de Pernambuco que resultou na eleição de Cid Sampaio, “seu” João ao regressar de sua Fazenda no fim do dia, foi surpreendido com TODAS as portas da sua loja (e não eram poucas) SERRADAS PELA METADE.

Apavorado com a ocorrência, interpelou logo  Heronides que, de pronto prestou a explicação com a exibição de um telegrama que recebera da Associação Comercial de Pernambuco determinando que devia com urgência CERRAR AS PORTAS, o que – no seu entender – deveria cumprir de imediato.

Para tanto, recorreu ao marceneiro da cidade que, com seus serrotes, cumpriu de imediato a solicitação!

 
1.    HERONIDES – O JANTAR COM AUTORIDADE MILITAR

 
Heronides, com a morte de Seu João, assumiu a chefia política do Município de Capoeiras e, consequentemente, as obrigações de uma liderança que o cargo lhe impunha.

 Durante o período discricionário aconteceu um ato oficial e de sua programação constou um jantar reunindo as autoridades presentes, entre os quais estava um oficial do exército que ficou sentado exatamente junto a Heronides, que lhe dedicava toda atenção possível.

À certa altura, o oficial do exército , num gesto de delicadeza, deslocou o açucareiro para Heronides que logo o devolveu. O militar, atento ao detalhe, perguntou-lhe:

“O Senhor é diabético ?”

De imediato, Heronides respondeu:

“Não senhor, sou vereador!”

Ao fim do jantar, o Oficial que era fumante, perguntou a Heronides:

“O senhor fuma ?”

E  Heronides, foi esperto respondendo:
 
                                                        

“Fumo. Mas se o senhor quiser eu deixo agora mesmo!”

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