terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

CARTA A D.ELZITA SANTA CRUZ

Meu caro Marcelo: caso lhe pareça conveniente, transmita essa modesta mensagem para D. Elzita, sua querida mãe, com as minhas homenagens e o meu bem querer.

Grande abraço de Ivan Rodrigues
“Caríssima D. Elzita:

Por todas as razões que seu filho e querido amigo Marcelo as conhece, tenho acompanhado sua luta ao longo desses intermináveis quarenta anos. Ao ler, recentemente, uma notícia na imprensa nacional dando conta da eleição para a Presidência da OAB do Rio de Janeiro de um jovem chamado Felipe Santa Cruz, seu neto e filho de Fernando, foi inevitável uma desvantajosa comparação em que associei o fato à perda do meu filho mais velho, há cerca de dois anos.
Como dói, minha querida, perder um filho, sobretudo como o ocorrido nas suas circunstâncias. Comigo, poucos dias após o encantamento do meu filho (sim, como disse há pouco à uma querida amiga que perdera sua mãe: essa história de morte é pra quem não tem referências) fui surpreendido por um telefonema da nora para avisar que havia nascido minha quarta bisneta – neta do filho desaparecido. Eu que me tenho em conta de durão, chorei de felicidade ao constatar que testemunhava o MILAGRE DA VIDA. Chegara Lara Giovana para suprir de alguma forma a ausência de Zéivan!
Veja como foi importante para mim, o alumbramento despertado quando li a notícia sobre Felipe! Deduzí, de pronto, uma inevitável conclusão: é o MILAGRE DA VIDA, é a TRANSFIGURAÇÃO, é a EXSURGÊNCIA DA DIGNIDADE HUMANA, é a SOBREVIVÊNCIA DO AMOR, minha querida D. Elzita.

São pessoas como a senhora que fazem a diferença entre o bem e o mal; entre uma gente cruel, materialista e insensível e a solidariedade humana; entre a cordialidade e o desamor; entre o amor incondicional e a truculência intolerante. Fique em paz e Deus lhe abençoe por todo exemplo que tem proporcionado às novas gerações.
Com todo o afeto de Ivan Rodrigues”

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