segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

NOTA EQUIVOCADA DA CÂMARA DE GARANHUNS

Com referência à uma nota de repúdio ao Governador Paulo Câmara aprovada na Cãmara Municipal, só tenho a lamentar que a nossa Câmara de Vereadores, que não fez a menor manifestação acerca da malfadada extinção do Festival de Jazz, esteja se ocupando de assuntos inócuos e dispensáveis.

Explico: Meu querido parente e amigo Audálio Filho, de forma açodada e sem maiores informações, escreve na justificação do seu projeto que o mestre Michel Zaidan “VEM SOFRENDO UMA GRANDE PERSEGUIÇÃO POR PARTE DO GOVERNADOR PAULO CÂMARA QUE VEM MOVENDO UMA AÇÃO CONTRA O EDUCADOR”, sem explicitar maiores detalhes sobre a questão.

Pra começo de conversa, nosso Audálio situa sua observação no tempo de gerúndio para dar a entender que a perseguição é constante e persistente. Até parece que o Governador não tem outros afazeres para cuidar, com a Nação em crise, o desemprego aumentando, Estados e Municípios pagando salários com atraso e em Pernambuco o objetivo mais importante é a farisaica desculpa de “liberdade de expressão” utilizada por um articulista, ao descambar para o terreno pessoal e atingir o Governador que se sentiu violentado em sua honra pessoal. Todos sabem que liberdade sem responsabilidade, em qualquer circunstância, é anarquia e anti-democrática, na medida em que atingir à honra alheia.

O que chamam de “grande perseguição” foi a única iniciativa do Governador de recorrer à Justiça (não é assim que se faz nos Estados de Direito?) para reclamar dos seus direitos de ofendido. Desafio qualquer um para indicar qualquer outro ato, ou providência, ou declaração, ou medida no sentido de perseguição ao nosso ilustre mestre e conterrâneo, filho de querida família garanhuense e criado na circunscrição das sete colinas. Até porque é servidor federal, cujo chefe imediato é o nosso parente e amigo Reitor Anísio Brasileiro, também aldeão das sete colinas e que tem como supremo mandatário, como todos nós, a Presidente Dilma.

Desde quando, Srs. Vereadores, recorrer à Justiça em exercício do seu direito de cidadania, representa uma “grande perseguição” a quem quer que seja ? Isso é democracia, senhores, e a sua prática deve ser vigilante e constante para que, em nome dela, não sejam praticados os piores crimes.  Muitos dos que hoje arrotam os jargões democráticos, passaram os longos anos dos regimes de exceção aplaudindo e apoiando as torturas e mortes nos porões do sistema. Continuo reiterando como um carma:
“A coerência é o mais espinhoso caminho da democracia!”

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